quarta-feira, 28 de março de 2012

Pois é...

O assunto não tem nada a ver com BBB, será que não???


Hoje, resolvi rever o filme "A lista de Schindler", como sempre me emocionei, vi tantos filmes sobre o Holocausto e sempre me pergunto o porquê, porque sentimos ódio de um semelhante, por crer em algo diferente de nós???


Vi o filme e, me fez rever algumas metas que tracei em minha vida, quando jovem, claro, uma era ter condições de mudar o mundo, juro, fui pretensiosa sim, mas sonhei.


O filme, melhor, a história da 2a guerra Mundial mexe particularmente comigo, perdi meu pai com 29 anos por causa dela, não diretamente, mas indiretamente, porque ele foi só mais um herói anonimo, que era admirado pelos seus subalternos.  Meu pai, mesmo sendo oficial, não se conformava do Brasil ter entrado na guerra sem estrutura, sem ter preparado os jovens que nem estavam nas Forças Armadas, muitos perderam as pernas, pés, braços e a vida, não havia calçados para os proteger do frio, da neve, tinham que colocar jornal para aquecer, foi uma barbaridade e, nós, nem falamos nisso, porque a memória do nosso povo é curta e, somos acomodados mesmo.


Sei das histórias pela família, por oficiais, por pracinhas e por sargentos que serviram com meu pai, porque eu tinha só 3 meses quando ele morreu de colapso, lembro que recebi uma carta linda na época do meu casamento com lembranças e gratidão pelo meu pai, foi uma homenagem que nunca esquecerei porque foi espontânea. 


Bom, voltando ao filme que narra a história incrível do Oskar Schindler, que era um homem ganancioso, que se preparou para tirar proveito da guerra, mas que ao ver a crueldade com que outros seres humanos eram tratados, foi a luta em busca de tentar salvá-los, usou o dinheiro que ganhou com o trabalho dos judeus, porque eles não podiam mais ter nenhuma propriedade e, conseguiu salvar e alojar em sua fábrica mil e cem judeus, eu choro toda vez que vejo este filme, no final, cada sobrevivente na época da realização do filme presta uma homenagem a ele.  Ah, detalhe importante, não sou judia.


Será que se cada um de nós parasse um pouco de pensar só em si mesmo e, tentasse enxergar o outro, com suas diferenças óbvias, o mundo não iria melhorar?  


Não tô filosofando não, tô dizendo exatamente como me sinto na vida, sou brigona, com um gênio do cão, mas tenho o maior respeito pelo próximo e, não sou religiosa e nem sigo seita alguma, mas tenho certeza que tento dentro do meu universo ser um ser humano correto e quando deito durmo tranquila.