quinta-feira, 27 de março de 2008

Saiu no Globo.

Gostei da analise feita por kogut.

Como não dá para ler, vou transcrever.


O Big Brother é a neonovela do Brasil.

"O Big Brother, quem diria, virou um programa-família. A final anteontem reuniu gerações em torno da TV para torcer, comer, rir etc. Não que o BBB tenha ficado livre de baixaria. Quem comprou o pay per view sabe disso. Mas, na Globo, o trabalho inspirado de edição subtraiu o que era mais, digamos, impublicável, e incluiu desenhos animados e uma trilha espirituosa.
Nesta edição, ficou ainda mais claro que a vocação inicial para o reality ficou para trás. E não é só uma questão de formato que o Boninho e sua equipe construíram, com escalação estudada e edição dramatizada. Falo da sua impressionante capacidade de mobilizar o público como fazem as novelas. O posto de programa capaz de eletrizar todas as gerações ainda é dos folhetins. Mas faz tempo que um fenômeno como "O Astro", de Janete Clair, não acontece nessa intensidade. Na época, a trama sobre quem matou Salomão Ayalla parou o país a ponto de Carlos Drummond de Andrade ter escrito em sua coluna no "Jornal do Brasil": "Agora que O Astro acabou, vamos cuidar da vida, que o Brasil está lá fora esperando".
Hoje, o BBB vem dividindo esse poder com os folhetins. As torcidas organizadas se manifestaram pela internet, os paredões viraram assunto em todos os lugares etc. Os números provam que a novela das 21 hs se mantém líder. Apesar de em março do ano passado o Big Brother ter aparecido em primeiro lugar no ranking nacional de audiência (PNT) do Ibope, no geral é a novela que lidera. Ainda não saíram os números de março deste ano, mas em fevereiro, o BBB foi o programa mais visto pelo público de 12 a 17 anos, o mesmo que deve ter se identificado com o vencedor, Rafinha. Já na lista das crianças e dos adultos, Duas Caras está na frente.
O BBB, de fato, não é educativo como reclama muita gente. Mas não ser educativo não é em si um problema:a TV pode e deve em alguns momentos ser também puro entretenimento. E, ao que parece, é diversão com fôlego para mais. O mesmo país que, por vezes, pára para descobrir quem matou Odete Roitman, quem deve acabar com quem, se vai ter ou não beijo gay, anteontem ficou eletrizado com o "tô rico" de Rafinha."

encontrei na coluna é de kogut. (OGlobo de 27/03/2008)